sábado, 27 de abril de 2013

A pororoca que desemboca no Tejo


A pororoca que desemboca no Tejo



Em seu Fado Tropical, o cantor e compositor Chico Buarque cria uma interessante figura de linguagem para ilustrar os profundos laços existentes entre Brasil e Portugal. Por esse motivo, Mundividência decidiu parafraseá-la no título deste post com o intuito de homenagear o contingente lusitano que tem lido os humildes escritos aqui publicados, transformando este blog em uma nascente cá no Aquém-Mar cujas águas serpenteiam nos Sargaços e em Funchal antes de chegarem ao Tejo.

A julgar pelas estatísticas que o Blogger disponibiliza, o post O Brasil não foi colônia? suscitou particular interesse nos leitores. Ainda acerca da profusão de inverdades históricas que distanciam (politicamente) os portugueses americanos dos portugueses europeus, com as implicações deletérias para a geopolítica da quase residual Cristandade que isso acarreta, sugere-se a leitura a seguir do blog O Gládio (ver aqui).

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No último texto d'O Gládio aqui indicado, alude-se ao desmonte do império pluricontinental e multiétnico luso-brasileiro que se formava. Sabotado pela Grã-Bretanha no século XIX, e liquidado em seu remanescente lusitano pelo comunismo internacional nas guerras de "descolonização", o pulmão europeu do império nascente acabou fenecendo e se tornando uma reles província sob o comando da casta dos euroburocratas de Bruxelas. O saque promovido pelos soviéticos ao ramo português do império abortado foi muito bem registrado pelo brasileiro Pedro Alberto Marangoni em seu livro A Opção Pela Espada. Nele, o ex-cadete da Força Aérea Brasileira descreve com riqueza de detalhes as lutas que travou em solo africano, sempre combatendo as guerrilhas marxistas. Com a experiência que obteve em lugares como Angola, Rodésia e Moçambique, ele anteviu já nos anos 70 o que muitos teimavam em não enxergar (leia-se Comitê de Descolonização da ONU): que a "libertação" dos países africanos significaria entregá-los em uma bandeja de prata ao bloco comunista.

Infelizmente, não só Portugal foi açoitado pelo flagelo do comunismo. Também o Brasil, promissor pulmão americano do império abortado, tem sido minado desde dentro pelos agentes do Foro de São Paulo, de modo a não opor maiores resistências ao projeto de fundi-lo a uma bizarra federação latino-americana de repúblicas comunistas. Os valores são sistematicamente corrompidosa educação é desmantelada em todos os níveisas finanças são arruinadas, a soberania é enfraquecidao poderio militar é sabotadoo crime é tolerado e até recompensado. Assim, o Brasil agoniza sem saber que o faz, enquanto alegremente se deixa ser pilhado por aqueles que tem como seus benfeitores.


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Há várias cidades brasileiras que ainda conservam muito do patrimônio cultural português. É o caso da cidade de Goiás, outrora capital do estado homônimo. O antigo Arraial de Vila Boa, hoje Goiás, carrega a arquitetura lusitana, bem como tradições folclóricas tais quais as cavalhadas, que remetem às pelejas entre mouros e cristãos na Península Ibérica. O cantor Pádua faz uma bonita homenagem ao que há de mais luso na alma de Goiás com seu Fado de Vila Boa:




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Como amor com amor se paga, e alma portuguesa sabe ser especialmente atenta a tudo e a todos que cativa, o coral da Basílica de Mogofores interpretou com muita competência a canção que é uma espécie de hino informal do estado de Goiás. Com vocês, Noites Goianas:





Tão meigas, tão claras,
Tão belas, tão puras
Por certo não há

São noites de trovas
De beijos de juras (bis)
As noites de cá

As noites goianas
São belas, são lindas
Não temem rivais 

Goianos, traduzem
Doçuras infindas (bis) 
As noites que amais

Em Nice, em Lisboa
Na Itália famosa
Tais noites não há 

São noites somente
Da pátria formosa (bis)
Do índio Goyá

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