Por Prof. Pedro M. da Cruz.
(Do site do blog Sociedade Apostolado)
(Do site do blog Sociedade Apostolado)
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“Da boca das crianças sai um louvor que confunde vossos
adversários, reduz ao silêncio vossos inimigos” (Sal. 8,3)
Magnífica luz resplandecia na noite, junto à ribeira do
Ebro, em Zaragoza, Espanha. Aquele fenômeno, qual arauto divino, anunciava aos
cristãos uma sublime mensagem celeste. Encontrava-se alí, o corpo terrivelmente
mutilado dum “anjo de pureza e heroísmo”, exemplo para os homens do mundo
inteiro, mas, particularmente, para as crianças do catolicismo.
Era o ano de 1250. A Espanha claudicava sob o jugo dos
mouros, e a Igreja de Cristo, Católica, Apostólica e Romana, avançava com
vigor, no firme propósito de converter o mundo ao único Deus verdadeiro. Mas,
quem seria aquela criança assassinada com tanto requinte de crueldade? Sua
cabeça fora violentamente arrancada; e, inclusive, seus pequeninos pés e mãos
haviam sido separados do corpo; em seu peito, via-se aberto certo ferimento,
muito semelhante ao de Cristo na cruz... quem, quem seria aquela vítima da
maldade humana? Dominguito del Val, o lírio do jardim católico de Espanha, o
pequeno menino que, desde os céus, dado o sacrifício de sua vida, abençoaria as
crianças do mundo inteiro, e todos aqueles que, com fé, o invocassem
fervorosamente.
A dias, havia desaparecido da casa paterna; tal fato, deixara
todos em desespero. Naquela época, muitos temiam por seus filhos, pois,
pérfidos judeus, destilando ódio contra o catolicismo, costumavam praticar todo
tipo de ofensas contra a fé cristã, chegando ao extremo de roubar crianças, a
fim de que, durante uma cerimônia macabra, pudessem mata-las por crucificação,
escarnecendo, deste modo, a Paixão do Senhor. Fora, exatamente o que se dera
com Dominguito del Val ...
Pouco tempo depois, havendo sido encontradas as outras
partes do corpo, por fatos, igualmente, milagrosos, soube-se de toda a verdade
pela boca de Albayuceto, um dos judeus que participaram ativamente do
vergonhoso ritual. “Sim, fui eu. Matai-me. A visão do morto me persegue; já não
consigo mais dormir”, dissera, tomado pelas lágrimas, aos que o foram
aprisionar. A verdade, é que o santo menino alcançará desde os céus a conversão
de Albayuceto, que, agora, batizado no catolicismo e, verdadeiramente
arrependido, sofrerá, tranquilo, a punição indicada pela justiça humana.
Imaginemos, boquiabertos, a cena estupenda que se desenrolara no mundo espiritual. São
Dominguito del Val, no esplendor de sua glória, tendo em seu corpo fixadas as
marcas do martírio, recebendo, frente aos anjos, seu antigo algoz. Sim, porque,
no paraíso celeste, reina somente o amor e a mais terna misericórdia.
Albayuceto será testemunha do alto grau a que chegou o pequeno santo de
Espanha.
Segundo o mesmo judeu, Dominguito del Val fora
capturado quando voltava da catedral de
Zaragoza, onde, sabe-se, participava do coro, e servia o altar durante as
santas missas. Era o dia 31 de agosto do ano 1250. O santo coroinha possuía,
tão somente, sete anos de vida; gozava ainda os albores da infância... o que,
não comoveu o pétreo coração de seus verdugos. Arrastado a um lugar secreto, foi
coagido a que negasse a fé cristã, porém, resistiu a tal absurdo com todo
heroísmo: “Não, isso nunca - disse o menino- não, mil vezes não.” Tomados de
ódio contra a firmeza da criança, puseram-se a repetir com ódio os fatos da
Paixão. Crucificaram-no, violentamente, numa parede, coroado de espinhos, com
três pregos rasgando seus pés e suas mãos. Dominguito tremia de dor e medo,
porém, suplicava à Virgem Maria que o ajudasse durante o martírio. Queria
morrer como bom cristão. Finalmente, os judeus abriram seu peito com uma lança,
sem dó nem piedade. Assim, fora terminado o ritual ...
Que cena estupenda! Ali, fixo na parede, cabeça baixa,
qual Cristo na cruz, soltando seu último suspiro, sem, no entanto, haver negado
a fé católica! Exemplo glorioso para as crianças e jovens de hoje que, por
muito menos, renegam prontamente o que aprenderam aos pés do altar... Possa,
São Dominguito del Val, interceder por nós em hora tão dramática na história do
cristianismo.
Retirado o inocente da parede, julgaram por bem arrancarem-lhe
a cabeça e outros membros, afim de, não só, serem mais discretos no sumiço do
corpo, como, também, dificultarem sua identificação. Partes foram lançadas num
poço, enquanto que o resto do corpo, como já o demonstramos, fora enterrado,
ocultamente, num lugar afastado.
Coube aos céus o anúncio extraordinário de seu
esconderijo. Nada como a luz para significar o quão translúcida era a alma
inocente daquela criatura. Dali em diante, os milagres se multiplicaram. O selo
divino confirmava a santidade heróica manifestada pelo martírio. Suas relíquias
repousam até hoje na Espanha, proclamando a todo o mundo a beleza da fidelidade
a Cristo e à Igreja. São Dominguito del Val, filho da Virgem Maria, Rogai por
nós!
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Referências bibliográficas:
·
http://www.mercaba.org/SANTORAL/Vida/08/08-31_S_dominguito_del_val.htm
· http://es.wikipedia.org/wiki/D ominguito_de_Val
· http://
www.churchforum.org.mx/santoral/Octubre/2710.htm
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