terça-feira, 30 de abril de 2013

O Islã: Notas


Acossada pelos sucessivos e crescentes abusos das minorias islâmicas, a Noruega resolveu dar uma (tardia) resposta ao proselitismo religioso saudita no país nórdico: os súditos da monarquia de Ryad e seus demais correligionários maometanos só poderão seguir com o envio de recursos financeiros para a construção de mesquitas em solo norueguês caso a Arábia Saudita passe a aceitar a construção de templos de outros credos em seu território. Nos termos do indiferentismo religioso liberal ora hegemônico, a resposta norueguesa é sem dúvida coerente, e traz algum alívio mesmo a residual Cristandade ainda remanescente na Noruega.

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No Brasil, o Islã segue com seu avanço lento e contínuo. Em tempos recentes, foi anunciada a construção de uma mesquita na cidade de Porto Alegre, a ser erguida com dinheiro vindo de Abu Dhabi. Nas favelas dos grandes centros urbanos, a penetração da ideologia Black Panther subjacente à contestatária subcultura rapper norte-americana trouxe consigo a opção pela religião islâmica como forma de resistência política a uma alegada opressão da elite branca cristã contra o negro pobre. No semiárido do Nordeste brasileiro, clérigos islâmicos aliciam sertanejos para a causa do Crescente. Há, portanto, perigo no horizonte: ou os católicos já se esqueceram da Revolta dos Malês? Uma reedição dela que congregasse periferias urbanas sublevadas à la PCC e sertanejos em armas à la Canudos seria tremendamente desastrosa.

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A Península Ibérica sucumbiu às invasões muçulmanas em onze anos, e levou sete séculos para livrar-se do jugo islâmico. Tendo isso em mente, o velho ditado de que prevenir é melhor que remediar assume um apelo  nada desprezível. Sobre o domínio mouro sobre os reinos cristãos ibéricos, Mundividência recomenda uma das vídeo-aulas da Montfort a respeito da Reconquista (aqui e aqui).

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Em sua colossal ojeriza à Cristandade, os talmudistas escolheram o lado dos ímpios maometanos nas guerras entre estes e a nobreza católica na Reconquista. Assim sendo, a distância entre o vasto poderio econômico, midiático e cultural de Higienópolis e o potencial demográfico, missiológico e insurrecional do Islã no Brasil pode ser bem menor que se supõe.

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No auge da era ferroviária do Brasil, nos idos do Segundo Império e da República Velha, as companhias inglesas que espalhavam trilhos pelo estado do Paraná tencionavam resolver o problema da escassez de mão-de-obra mediante a importação de maciços contingentes de curdos muçulmanos do Iraque, minoria étnica sempre indócil ao domínio neocolonial britânico. A idéia das oligarquias inglesas era debilitar a resistência curda no Iraque com a rarefação populacional dos redutos daquele povo na Mesopotâmia, com a vantagem adicional do favorecimento aos lucrativos empreendimentos ingleses no Brasil. A manobra só não teve êxito porque precocemente o povo do Paraná teve ciência da pretensão, e a rechaçou com veemência. Graças a isso o interior do Paraná não é um pseudópodo do Califado, apesar dos bolsões maometanos de Foz do Iguaçu.

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O ímpeto cruzado ibérico, além de livrar Portugal e Espanha do domínio muçulmano, impeliu a ilustre nação lusitana nos seus empreendimentos navais, inclusive a descoberta do Brasil.

Os esforços por dar combate ao Islã (em particular na personificação otomana deste), bem como por subtrair-lhe pela evangelização e pelo batismo as almas dos pagãos, levou Portugal a erradicar a presença do Império da Sublime Porta na costa índica da África e nos arquipélagos dos derredores. Um dos personagens mais memoráveis desse processo foi Cristóvão da Gama, homem a quem incumbiu liderar as forças portuguesas que vieram em socorro do imperador cristão da Etiópia naquela guerra contra somalis e otomanos que poderia ter sido a última.

Embora em ridícula minoria, as forças luso-etíopes impuseram fragorosa derrota aos inimigos. A improvável vitória resultou sobretudo da invulgar coragem dos portugueses: o próprio Cristóvão da Gama sacrificou-se ateando fogo num paiol cheio de pólvora para não permitir-se ser preso quando na iminência da inevitável captura, levando consigo muitos soldados otomanos.

Deve-se sobretudo aos hercúleos esforços de Cristóvão da Gama e de seus comandados o fato de a Etiópia não ter capitulado diante do Islã e seguir sendo até hoje um oásis cristão no deserto muçulmano do Norte da África. A obra portuguesa  na Etiópia possa encontrar o favor da graça divina e ainda vir a frutificar na conversão ao catolicismo daquele país.

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Ainda no que toca à extensão da obra cruzada e missionária de Portugal no Índico, ela foi de tal envergadura que a Diocese de Goa (fundada pelos portugueses), pelo valor e extensão do apoio que dava aos trabalhos de evangelização dos pagãos na Ásia e na costa oriental da África, era conhecida como a Roma do Oriente, tamanha era a abrangência da sua atuação, inferior apenas ao da própria Diocese de Roma.

Nos trabalhos da Diocese de Goa pela expansão da Santa Fé católica nos confins da Terra, destacaram-se São Gonçalo Garcia (franciscano) e São Francisco Xavier (jesuíta). Este, de tanto ministrar o batismo aos pagãos, não raro via extenuadas as forças dos braços. Como sinal do máximo dom oferecido à causa de Cristo pelo jesuíta, o Altíssimo quis preservar incorruptos os braços que a tantos aspergiram as santas águas do batismo.

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A célebre memória do espírito cruzado português, do qual é tão devedora a Cristandade (e mesmo a caricatura laica desta chamada de Ocidente), foi brilhantemente enaltecida pelo poeta Alphonsus de Guimaraens nos versos que Mundividência tem gosto de compartilhar com seus leitores:

BONS TEMPOS

Bons tempos da loriga e da cota de malha,
Quando vós, meus avós das montanhas do Minho,
Balestreiros viris, vermelhos do bom vinho,
Ao sarraceno infiel ousáveis dar batalha!

As loiras castelãs, cheirando a rosmaninho,
Diziam-vos: — "Que Deus, na peleja, vos valha!"
E o saio d'armas era a querida mortalha
Que vos ia cingindo o amplo torso de pinho ...

Combates pela Cruz em campos do crescente!
Fidalgos, infanções, ou gente de mesnada,
Volviam para Cristo o olhar piedoso e crente.

E vós, guerreiros, quando a morte alucinada
Surgia, para vê-la erecta, frente a frente,
Inda erguíeis a heril viseira da celada ...






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