sexta-feira, 19 de abril de 2013

Os Estados Unidos e Suas Armas, Obstáculo Derradeiro Para os Totalitarismos Planetários em Disputa




Desde sempre um empreendimento realizado em colaboração mais ou menos estreita entre maçons¹judeus e protestantes (sobretudo calvinistas), os Estados Unidos da América cumpriram bem o papel histórico a eles designado pelas discretas plutocracias dinásticas iniciáticas do Velho Mundo, qual seja, a disseminação planetária² do Estado laico e o enfraquecimento (quando não aniquilação) das entidades contrárias a esse projeto, em especial os impérios católicos (de jure ou de facto) pluricontinentais e a própria Igreja,  veementemente refratária ao Estado aconfessional, inimigo do Reinado Social de Nosso Senhor Jesus Cristo, do qual não comungam a Sinagoga e a Loja, unidas à potência norte-americana por profundos laços históricos. Não por outra razão os Soberanos Pontífices Romanos sempre nutriram desconfianças e restrições aos Estados Unidos.

No entanto, a promoção da supremacia global do Estado laico, certamente necessária para suplantar as resistências aos messianismos terrestrializados da Nova Ordem Mundial, todos aberrações totalitárias incompatíveis com o Reinado Social de Nosso Redentor e Mestre Cristo Jesus propugnado pela Igreja, é insuficiente para suscitar o sistema de domínio planetário (humanamente) indestrutível desejado pelas já aludidas plutocracias dinásticas. Para que este tenha lugar, é preciso minar não só os fundamentos sobrenaturais da ordem terrena virtuosa, mas também os fundamentos meramente civis para o correto andamento de uma ordem social agnóstica calcada numa próspera e agradável paz terrena: garantias mais ou menos abrangentes ao patrimônio e à integridade física, liberdades econômicas e políticas para defender as alcançadas e pleitear as por alcançar, e a apólice de seguro dessas garantias e liberdades, o direito de adquirir armas de fogo e munição.

Ora, o principal foco irradiador das noções de liberdade individual que são um dos sustentáculos da cômoda paz agnóstica vigente são os Estados Unidos. A publicidade das suas transnacionais nos meios de comunicação do mundo inteiro, sua global missiologia calvinista apologeta do valor salvífico do progresso material, e o peculiar senso de autonomia pessoal difundido pelos estúdios de Hollywood insuflam mundo afora um desejo de ascensão econômica que em geral só pode ser garantido pela imitação das já mencionadas liberdades norte-americanas, inclusive do direito de comprar e adquirir armas de fogo que assegura essas liberdades.

Como a cota de liberdades existentes no mundo é basicamente fixa, dado que cada liberdade implica no dever de alguém, a expansão indefinida das liberdades das minorias iniciáticas já citadas se dá em detrimento das liberdades dos indivíduos e das sociedades humanas. Portanto, a consecução do sonho do totalitarismo global, após ostracizado o "perigo" da alternativa potencialmente tentadora do Reinado Social de Cristo pela sedução da paz agnóstica em grande parte nutrida pela difusão das liberdades americanas, requer que as plutocracias dinásticas suprimam as liberdades individuais do restante da humanidade. Tentar "vender" o totalitarismo global enquanto ainda o Reinado Social do Filho de Deus seguisse parecendo facilmente viável implicaria em deixar abertura para relutantes opções negativas por esta alternativa em  protesto contra aquela: sabedoras disso, as plutocracias dinásticas  permitem que o Reinado Social do Divino Redentor seja retirado das perspectivas humanas pela próspera tranqüilidade da paz agnóstica antes de proceder à implementação do totalitarismo mundial . Cumprido este papel, as liberdades americanas podem ser suprimidas, e o melhor modo de fazê-lo evitando contestação eficaz é removendo do alcance dos potenciais descontentes o recurso às armas de fogo, em particular naquele país que mais as produz, estoca e fomenta no mundo uma quase sempre salutar cultura armamentista: os Estados Unidos.

É precisamente neste contexto que o quinta coluna dos totalitários globais ora instalado na Casa Branca está a criar um estopim para uma comoção pública que lhe permita angariar do povo norte-americano o apoio necessário para inviabilizar o acesso do cidadão comum às armas de fogo. Tal estopim é o ataque de falsa bandeira de supostos grupos extremistas de patriotas caucasianos cristãos, ataque cujos autores prováveis são integrantes dos Navy Seals, subordinados ao mesmo Obama que infrutiferamente tem tentado desarmar seus governados, inobstante a imensa impopularidade do intento junto a estes. É bem verdade que a manobra não iludirá a todos, e dentre aqueles que escaparem ao engodo, haverá quem o denuncie e quem faça frente a ele pegando em armas contra o governo central em Washington. Isso levará a conflitos de secessão, e será necessário ao poder central coibir os milhares de insurretos confinando-os em campos de concentração, já construídos pela FEMA há tempos.

Ocupados com a rebelião contra a tirania que os oprime, os cidadãos norte-americanos não poderão fazer oposição às burocracias apátridas que desejam governar o mundo em nome dos seus senhores, as dinastias plutocráticas. No entanto, amplamente autônomos em relação a essas dinastias, e acalentando ambições próprias de hegemonia planetária mal contidas apenas pela ameaça potencial de uma América do Norte forte e coesa, as oligarquias russo-chinesas se anteciparão aos burocratas laicos e apátridas e se lançarão à conquista militar do mundo. Para tornar solícitos ao empreendimento todos os crentes sinceros da Terra que tem sido sistematicamente alijados das suas posições de influência pública em virtude da promoção indiscriminada do Estado aconfessional levada a cabo pelos grupos iniciáticos de dinastas plutocráticos, a oligarquia russo-chinesa acenará com um cativante discurso ideológico feito sob medida para agradar a esses crentes, nada mais que uma fajuta cosmovisão atemporal alegadamente comum aos fiéis dos diversos credos, capaz de amalgamá-los de forma harmoniosa e coerente na execução de estratégias e no alcance de objetivos temporais supostamente convergentes entre as várias tradições religiosas. Consiste exatamente nisso o dito eurasianismo.

No panorama acima descrito, é incerto onde recairá a lealdade do mundo árabe-islâmico no que toca à disputa entre as dinastias plutocráticas e a oligarquia russo-chinesa. No entanto, para o caso do dispositivo militar principal das dinastias (o aparato do Estado norte-americano subjugado a interesses apátridas internos e externos) estar sob demanda tal que inviabilize suas chances de sucesso no embate contra as forças da coligação sino-russa, é bem possível que as classes dominantes do mundo árabe-islâmico optem por estar ao lado do eixo das potências continentais asiáticas, traindo os plutocratas que ajudaram a colocá-las no poder na Primavera Árabe. Os estudos do Pe. Paul Kramer também depõem a favor da suposição de uma aliança entre a Rússia e exércitos islâmicos para ocupar a Europa.

Assim sendo, o renovado ímpeto desarmamentista do "plutocraticamente teleguiado" Obama é um dos pregos no caixão da reinante paz agnóstica assentada no generoso contributo das típicas liberdades e garantias americanas. Tendo fim tal reinado, virá outro, a ser decidido nas disputas e/ou acomodações entre as pretensões totalitárias dos esquemas de hegemonia global em curso. Na hipótese de que não sejam capazes de sobrepujar definitivamente uns aos outros, isso levará a uma situação propícia ao soerguimento de um homem capaz de manobrá-los para conciliá-los sob sua direção: o Filho da Perdição, o Anticristo e seu sistema.  A época corrente está nos seus estertores, e sua sobrevida aparentemente depende apenas das demoras de Obama na destruição maciça das liberdades americanas ainda resguardadas pela posse legítima de armas de fogo pelos cidadãos norte-americanos.

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 "Em primeiro lugar, a religião do Novo Mundo é maçônica. Todos os signatários da Declaração da Independência, sem exceção, pertencem a alguma loja maçônica. Desse momento em diante, ninguém, mas absolutamente ninguém, faz carreira política nas três Américas sem ter de entrar para a Maçonaria, prestar satisfações à Maçonaria ou enfrentar a Maçonaria. (...) Só que, entre apóstolos e inimigos dessa organização, mais são os interessados em mistificar do que esclarecer o seu papel na história espiritual da humanidade. (...).

Pelo lado adversário, há evidente mistificação em interpretar toda a simbólica maçônica, inclusive a das iniciações de ofícios, no sentido de um anticristianismo rasteiro, sugerido pelas falas de próceres maçônicos de uma época muito posterior; há engano, ou má-fé, em atribuir à ação maçônica no mundo uma unidade de intenções e de estratégia; há engano e má-fé em explicar todo o enfraquecimento do espírito cristão no mundo como efeito de uma conspiração maçônica. O primeiro desses três erros, movido por um intuito de interpretar as coisas preconceituosamente, mutila e comprime a linguagem simbólica num unimensionalismo que nada poderia justificar. O segundo negligencia o curso freqüentemente caótico, múltiplo e incontrolável que assumem os empreendimentos secretos, principalmente quando atravessam as gerações e os séculos e não têm, a resguardar-lhes a continuidade e a unidade, senão a força sutil e às vezes apenas simbólica dos egregoroi, que um rito basta para desfazer em fumaça. O terceiro omite o fato, historicamente comprovado, de que a própria Maçonaria foi alvo de conspirações, divisões e ataques de organizações ainda mais secretas(...)"  [Olavo de Carvalho, em O Jardim das Aflições (§29, pg.236)]

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²  "(...) Ora, qual o legado dessa Revolução[Americana] ao mundo? A democracia? Não pode  ser, visto que ela convive perfeitamente bem com ditaduras, quando lhe interessa,  e visto que a subsistência de uma aristocracia maçônica associada de  perto a uma oligarquia econômica é um dos pilares mesmos do sistema norte-americano.  O capitalismo liberal? Também não, porque o próprio sistema norte- americano, através da expansão do assistencialismo estatal, acabou por assimilar várias características da social-democracia. O republicanismo? Não, porque os elementos democráticos e igualitários da ideologia norte-americana  que se espalharam pelo mundo puderam, sem traumas, ser incorporados por  antigas monarquias tornadas constitucionais, como a Inglaterra, a Dinamarca, a Holanda, a Espanha. Dos vários componentes da ideologia revolucionária  norte-americana, o único que foi assimilado integralmente, literalmente e sem  alterações por todos os países do mundo foi o princípio do Estado leigo. Se é  verdade que “pelos frutos os conhecereis” ou que as coisas são em essência  aquilo em que enfim se tornam, a Revolução Americana só é democrática, republicana e liberal-capitalista de modo secundário e mais ou menos acidental: em essência, ela é a liquidação do poder político poder político das religiões, a implantação mundial do Estado sem religião oficial.(...)" [Olavo de Carvalho, em O Jardim das Aflições (§30, pg. 164)]

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